RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA DE MORADORES DA REGIÃO DO VALE DO SINOS - RS

Resumo

O objetivo do presente estudo, de característica descritiva de corte transversal, foi correlacionar o Nível de Atividade Física (NAF) e Índice de Massa Corporal (IMC) com padrões de riscos à saúde determinados pela circunferência da cintura em indivíduos residentes do Vale do Sinos, RS. A amostra foi composta de 978 indivíduos de ambos os gêneros, de 18 a 80 anos, residentes na região do Vale do Sinos - RS, selecionados por conveniência. Para a variável NAF, foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, para o IMC na variável antropométrica Massa Corporal Total (MCT) foi utilizado uma balança de equilíbrio marca Wellmy com precisão de 100g e um estadiômetro da mesma marca com precisão de 0,1 cm. Na variável antropométrica circunferência da Cintura (CC) foi utilizado uma fita antropométrica marca Sanny com precisão de 0,1 cm. Foram adotados para relação CC e risco à saúde pontos de corte prescritos pela Federação Internacional de Diabetes (Homens = 94,0 cm e Mulheres = 80 cm) e OMS (Homens = 120,0 cm, Mulheres = 88,0 cm). Para propósito de análise, denominou-se classe I os valores prescritos pela FID e classe II os da OMS. Foi utilizado o teste estatístico Qui - quadrado e a Regressão Linear tendo como programa de análise SPSS, versão 12.0, considerando p<0,05, para a análise dos dados. Foram encontrados, no gênero masculino, relações significativas entre os indivíduos classificados como MA e CC classe I (p <0,05), não apresentando a mesma correlação entre as outras classes. A mesma análise não demonstrou correlação por parte do gênero feminino. Quando verificado a relação de IMC com NAF não foram encontrados correlação em ambos os gêneros. O mesmo se deu para IMC e NAF com a idade. Pode-se concluir que para os homens somente o Nível de Atividade Física em classe de maior gasto energético, isto é, MA, possui forte relação com a diminuição da adiposidade abdominal, não sendo este, parâmetro para o gênero feminino. Concluiu-se, também, que o NAF não difere com o transcorrer da idade e não determina isoladamente o IMC levando a acreditar que outros padrões como a má alimentação possa ser a responsável pelo grau de obesidade abdominal.