O CULTO DO CORPO E A ARTE DA EXISTÊNCIA

Autores

  • MARIA LÚCIA DE CASTRO POLISSENI
  • EDNA RIBEIRO HERNANDEZ MARTIN

Palavras-chave:

corpo, Educação Física, Filosofia

Resumo

Este artigo trata da concepção do corpo contemporâneo, sua construção e sua dinâmica, bem como sua dimensão enquanto agente das relações sócioculturais pensada a partir da inserção do corpo, significante e significado, no contexto da Educação Física. Procuramos demonstrar que há um espaço de discussão aberto no que diz respeito à concepção filosóficohistórico- cultural da compreensão de corpo, no momento atual, em que há tanta notoriedade as várias formas “alternativas” de trabalho corporal, tais como o Yoga e várias técnicas, ditas técnicas corporais globalísticas. As idéias de saúde e beleza do corpo são valores inspirados nos ideais gregos - traçando uma trajetória da Educação Física Brasileira no séc XX, de forma a marcar os limites do corpo mediante sua ideação e a realidade, para em seguida questionar sua valoração mediante a filosofia dos valores de Nietzsche, apontando, por fim, a possibilidade de uma discussão a partir daquilo que denominamos como o culto do corpo e da arte da existência. As reflexões apontam num sentido O Culto do Corpo, enquanto revelador de uma crise, a crise do corpo contemporâneo. De forma diversa à idéia do pensamento clássico, a construção do corpo contemporâneo é permeada pela necessidade de se ter um determinado corpo para se deixar de ser. Aqui a referência é o mito da pós-modernidade que, no sentido nietzcsheneano, possibilita a reconstrução permanente do corpo, em sua forma conceitual. Sob essa ótica, entendemos que o dinamismo da re-construção do corpo constitui-se na Arte da Existência, termo que tomo emprestado de Michel Foucault, que em sua obra A história da sexualidade diz: “ora, é esse tema do cuidado de si , consagrado por Sócrates que a filosofia ulterior retomou, e que ela acabou situando no cerne dessa “arte da existência”.

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