COMPARAÇÃO DA TAXA METABÓLICA BASAL MEDIDA E PREDITA DE JOGADORES DE BASQUETE ADAPTADO

Resumo

INTRODUÇÃO: Atender as demandas energéticas é essencial para a manutenção da massa magra, sistema imune e desempenho físico. Em atleta deficiente físico, a necessidade energética pode estar alterada pelas mudanças na composição corporal causadas pelo uso crônico da cadeira de rodas e pelas características da deficiência. A taxa metabólica basal (TMB) é o mais importante componente quantitativo do gasto energético. Tendo em vista que a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere que os componentes do gasto energético sejam expressos como múltiplos da TMB, esta deve ser estimada o mais próximo possível da realidade para que se proceda adequada prescrição energética e de atividade física. OBJETIVO: Determinar a TMB de jogadores de basquete adaptado pela calorimetria indireta e comparar seu resultado com os da equação de predição recomendada pela OMS (FAO/WHO/UNU, 1985), e a de Harris e Benedict (1919). MÉTODOS: 15 jogadores de basquete adaptado, do sexo masculino, foram avaliados. Determinou-se a massa corporal (kg) e estatura (m). A composição corporal foi medida pelo método de absorciometria radiológica de dupla energia (DXA). A TMB foi medida pela calorimetria indireta (TMBm) segundo protocolo validado por Wahrlich et al. (2006) e comparada com valores gerados pelas equações de predição (TMBp). O teste t-Student pareado foi utilizado para verificar diferença entre a TMBm e as TMBp. Para descrever a correlação entre a TMB, idade, massa corporal e composição corporal, foi utilizado o coeficiente de correlação linear de Pearson. RESULTADOS: A TMBm média foi 1375,19 kcal (± 376,48 kcal), significativamente menor do que as TMBp, sendo que a equação da FAO/WHO/UNU foi a que mais superestimou a TMB (26,6%). Houve forte correlação entre as TMBp e, destas com a massa corporal e a massa magra.CONCLUSÃO: A TMBp foi menos eficaz para estimar a TMB de jogadores de basquete adaptado, quando comparadas com a TMBm.