O CONCEITO HALLIWICK E O ENGAJAMENTO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA

Resumo

O objetivo foi analisar o tempo de engajamento de crianças com deficiência, no contexto de Atividade Motora Adaptada, a partir do conceito Halliwick. Participaram cinco crianças com deficiências. Foi realizada e filmada uma aula com base no Halliwick e se realizou registro cursivo. Para análise dos dados utilizou-se: a) Matriz do Tempo de aula: 1) Aula - tempo total da aula, tempo em atividade e tempo de transição e, 2) o tempo de engajamento das crianças - fora de foco, em ocupação ou em desperdício. O tempo total da aula foi 37” e 21' de duração, sendo 4” e 49' correspondente a transições entre as atividades e, 32” e 32' a realização efetiva das tarefas, de acordo com o que sugere o conceito Halliwick. Quanto ao tempo de engajamento das crianças estiveram, em média, 6” e 7' fora de foco. A média do tempo de ocupação foi 25” e 2' e do tempo em desperdício 1” e 23'. As atividades que proporcionaram maior tempo de ocupação foram a 9 (saída da água pela rampa) e a 2 (assoprar a água para fazer bolhas), sendo  96,7% e 86,7 % do tempo em atividade, respectivamente; e a atividade com menor média de tempo de ocupação foi a 5 (recolher bolas e guardá-las em um cesto), equivalente a 45,7%. Notou-se que a aplicação do conceito Halliwick proporcionou às crianças permanecerem elevados períodos em ocupação e reduzido tempo em desperdício. Atrelado aos conceitos do Halliwick, o planejamento prévio da aula e o preparo dos profissionais são elementos indispensáveis a uma boa gestão do tempo em aula e, ao bom aproveitamento dos alunos.