A PERCEPTIVIDADE DOS CUIDADORES DE PACIENTES COM TCE SOBRE SUA QUALIDADE DE VIDA.

Resumo

Introdução: O Traumatismo Cranioencefálico (TCE) pode ser definido como uma agressão ao cérebro em conseqüência de um trauma externo, resultando em alterações cerebrais momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva e/ou funcional. O indivíduo acometido por essa condição, passará por conflitos e mudanças significativas no estilo e qualidade de vida, e nesse momento surge a necessidade da presença de um cuidador. Objetivo: Identificar as percepções dos cuidadores acerca de sua qualidade de vida, diante das novas atribuições assumidas na condição de cuidador de um paciente com TCE. Metodologia: A pesquisa foi realizada na clinica de reabilitação FAG, por meio de um questionário semi-estruturado, baseado no questionário de Jimenez (2006), com quatro cuidadores de pacientes com TCE. Resultados: Os resultados demonstraram que 100% dos cuidadores apresentam conhecimento parcial acerca do TCE e assumiram a função a menos de 4 anos. 50% da amostra optaram por essa atribuição e 50% deles sentiram que houve mudanças negativas na rotina familiar. 75% destes cuidadores ocupam entre 12 e 24 horas do seu dia e 100% deles sentiram alterações em alguma esfera de seu cotidiano. 100% destes cuidadores realizam os exercícios fisioterapêuticos em casa, visando maior independência deste paciente, entretanto, 75% deles realizam esta função com dificuldade. Conclusão: Independentemente dos fatores que contribuíram para a condição de cuidador, fica evidente que há interferência no cotidiano e na qualidade de vida destes cuidadores em função do ato de cuidar, onde, lazer, trabalho e estudo acabam negligenciados em função desta nova atribuição.