IMAGEM CORPORAL, TRANSTORNOS ALIMENTARES E DIABETES MELLITUS I: A POSSIBILIDADE DA DIABULIMIA

Resumo

A procura pela prática de atividades e exercícios físicos associados à busca da boa forma, tem instigado profissionais de diferentes campos a realizarem pesquisas e estudos baseados nas observações empíricas ligadas ao cotidiano de trabalho. As exigências de embelezamento e emagrecimento são valorizadas nos dias atuais, quando se vive um contexto onde a beleza tornou-se um imperativo. A indústria corporal tem contribuído para reforçar imagens e criar desejos de corpos tipificados. O objetivo deste estudo é identificar o distúrbio alimentar diabulimia, em portadores de diabetes mellitus I. O referencial teórico baseou-se em autores como Azevedo, Papelbaum e D'Elia (2002), Goldenberg (2002), Marcellino e Carvalho (2005) entre outros. A metodologia utilizada foi de cunho descritivo e exploratório. A população envolvida foi composta por indivíduos portadores de diabetes mellitus I, perfazendo uma amostra de 20 sujeitos. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário adaptado a partir do Body and Shape Questionnaire (BSQ) aplicado como medição das preocupações com a forma corporal. Também foi registrado que a associação de idéias em relação à palavra corpo, dos indivíduos não praticantes assume conotações pejorativas fornecendo pistas que indicam baixa auto-estima. Imagens associadas positivamente à palavra corpo foram bonito, elegante, forte, normal, branco, grande, bom, belo e esbelto ao contrário de feio, gordo, gordinho, relaxado e estranho, que foram relacionadas aos aspectos tidos como negativos. Concluiu-se que 29% do grupo entrevistado apresentam possibilidades de apresentar um quadro de diabulimia.