LESÕES EM ATLETAS DE HÓQUEI SOBRE A GRAMA: ESTUDO COM AS SELEÇÕES BRASILEIRAS MASCULINA E FEMININA

Resumo

Este estudo de cunho descritivo teve como objetivo analisar as lesões e os mecanismos de lesões apontados pelos atletas das seleções brasileiras de hóquei feminino e masculino. Participaram do estudo 17 jogadoras com média de idade de 18,8 ± 3,95 anos e tempo de prática de 3,69 ± 3,8 anos e 14 jogadores com média de idade de 18,8 ± 1,3 anos e tempo de prática de 6,0 ± 4,2 anos. Como instrumento de medida utilizou-se um questionário validado para este fim, com 93% de validade e 100% de clareza. Os dados foram tratados com estatística descritiva e correlação de Pearson a p=0,05. Os resultados apontam que as lesões mais relatadas pelas atletas da equipe feminina foram na região lombar (8/39), seguida do punho e mão (7/39) e coxa (6/39). Os atletas da equipe masculina apresentaram mais lesões no joelho (7/26), seguido do ombro (5/26), punho e mão (4/26). A equipe feminina reportou como maiores causadores de suas lesões o excesso de treino seguido da postura adotada para o jogo (flexão anterior do tronco). A equipe masculina citou todos os mecanismos de lesões que a equipe feminina, acrescentando ainda como causadores de lesões às ações defensivas e ofensivas. A grande maioria dos atletas usa equipamento preventivo e prioriza a qualidade do calçado.  Não se encontrou relação entre número de lesões com o tempo de prática (rc=0,32;0,22 - feminino; e rc=-0,20;0,05 - masculino) e com a idade dos jogadores (rc=-0,05;0,86 - feminino; e rc=-0,016;0,96 - masculino). Os resultados obtidos apontam para iniciativas de melhoria tanto do condicionamento físico, realizando um trabalho muscular compensatório, quanto para a melhoria do nível técnico dos atletas, para assim amenizar os efeitos deletérios advindos das solicitações mecânicas da modalidade.