O PAPEL DO EXERCÍCIO DE INTENSIDADE MODERADA E AS ALTERARAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS CRIANÇAS PORTADORAS DA SÍNDROME PLURIMETABÓLICA

Resumo

A prevalência da obesidade infantil pode aumentar a incidência do aparecimento da pubarca precoce, que é uma forma comum de precocidade sexual, ocorrendo entre 6 a 7 anos de idade e mais comumente no gênero feminino. A adrenarca precoce é a etiologia mais comum da pubarca precoce. A presença desses fatores (obesidade, pubarca precoce e adrenarca precoce) pode aumentar a incidência no aparecimento da síndrome plurimetabólica, que pode ser diagnosticada por critérios clínicos e laboratoriais. O objetivo desse estudo foi verificar a influência do exercício físico em crianças portadoras da síndrome plurimetabólica, freqüentadoras de uma clínica pediátrica da cidade de Maringá. Métodos: Esta pesquisa foi de caráter experimental com uma população de 10 crianças na faixa etária de 8 a 9 anos de idade, todas do gênero feminino. A amostragem foi escolhida segundo os seguintes critérios, acometimento: pubarca precoce através do diagnóstico clínico classificando-as como portadores da síndrome plurimetabólica. Todas as pacientes foram avaliadas no início da pesquisa quanto ao: índice de massa corporal (IMC), pressão arterial, exames laboratoriais de dislipidemia (LDL e HDL, triglicérides) e glicemia. Os seguintes valores foram encontrados antes do início da prática do exercício físico (média ± desvio padrão): IMC= 30±1,4kg/m2; LDL= 150±9,5mg/dL; HDL= 24,9±3,6mg/dL; Triglicérides= 135,1±10,6mg/dL; Glicose= 142,3±6,2mg/dL; Pressão Sistólica= 160±0,2mmHg; Pressão Diastólica=  109±0,1mmHg. O estudo teve seis meses de duração com diferentes intensidades e volumes no treinamento. Foram realizadas três vezes semanais, a prática de exercício físico, com duração de uma hora. No sexto mês, foi feita uma nova verificação dos parâmetros fisiológicos. Obteve-se os seguintes resultados: IMC= 22,2±0,8kg/m; LDL= 106,1±3,8mg/dl; HDL= 47,5±3,7mg/dl; Triglicérides= 89,2±3,9mg/dl; Glicemia= 108,5±5,5mg/dl; Pressão sístólica= 111±0,1mmHg; Pressão diastólica= 77,0±0,67mmHg. Levando em consideração os protocolos da III Diretrizes Brasileiras sobre a dislipidemia e da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Hipertensão, observa-se que houve uma melhora estatisticamente significativa de todos os parâmetros avaliados.