QUALIDADE DE VIDA E ATIVIDADE FÍSICA: UM ESTUDO SOBRE A AUTO-PERCEPÇÃO DE INDIVÍDUOS RESIDENTES NO VALE DO SINOS, RS, BRASIL.

Resumo

O objetivo do estudo foi relacionar a qualidade de vida e o nível de atividade física de indivíduos de 18 a 80 anos residentes no Vale do Sinos, RS. O estudo descritivo, de 1003 sujeitos escolhidos por conveniência, avaliou o nível de atividade física através do IPAQ - versão curta e, a qualidade de vida (QV), através do WHOQOL-100. Após submissão dos dados aos testes ANOVA e Tukey post-hoc (p=0,05), não se observou diferença significativa entre os domínios do WHOQOL-100 e os níveis de atividade física dos sujeitos estudados. Entretanto, os sujeitos classificados como insuficientemente ativos (IA) apresentaram mais fadiga e menos energia, quando comparados com os suficientemente ativos (SA) e muito ativos (MA) (p=0,00). Semelhantemente, os que apresentaram mais dificuldade para realizar as AVDs, eram IA seguidos dos SA (p=0,01). No quesito mobilidade, os indivíduos SA apresentaram maiores escores, seguidos dos IA e MA (p=0,01). Quando se analisou os sentimentos positivos, os SA apresentaram maiores médias, seguidos dos MA e IA(p=0,01). Além disso, os MA, seguidos dos SA, participam mais/têm mais oportunidades de recreação/lazer que os IA (p=0,00). No domínio ambiental, notou-se que os sujeitos IA apresentaram maiores escores quando se avaliou o ambiente do lar, seguidos dos SA e MA, respectivamente (p=0,05). Diferente do que ocorre quando analisado o ambiente físico. Nesse caso, os MA perceberam-no de forma mais saudável que os SA e IA (p=0,05). Nas quatro questões gerais do WHOQOL-100, os maiores escores foram apresentados pelos indivíduos SA, seguidos dos MA e IA (p=0,05). De maneira geral, as maiores médias foram apresentadas pelos sujeitos classificados como SA, seguidos dos MA e IA, sugerindo que a atividade física, quando em intensidades adequadas, traz mais benefícios à saúde do indivíduo e, consequentemente, aumenta o nível de qualidade de vida do mesmo.