ESTUDO DOS NÍVEIS DE PERCEPÇÃO DE ESTRESSE E FORÇA DOS MEMBROS INFERIORES APÓS UMA INTERVENÇÃO DE UM TREINAMENTO FÍSICO E PSICOLÓGICO EM BAILARINOS.

Resumo

O treinamento físico e psicológico quando trabalhados simultaneamente integram corpo e mente, considerando o indivíduo como um todo. Objetivo: analisar se existe diferença significativa entre os níveis de estresse e força de membros inferiores em pré e pós-teste, após intervenção de um treinamento físico e psicológico em bailarinos. Metodologia: Aamostra foi constituída de 11 bailarinos da modalidade Jazz, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 23 anos, da cidade de Curitiba-PR. Para coleta dos dados foram aplicados, antes e após o treinamento, os testes de Impulsão Vertical para avaliar força e o Inventário da Escala de Estresse Percebido. O treinamento teve duração de 7 semanas. Para o tratamento dos dados foi empregada uma análise estatística descritiva (média e desvio padrão), uma MANOVA, a um nível de significância p<0,05 e uma correlação de Pearson. Resultados e conclusão: Para o estresse, no pré-teste, 100% dos indivíduos apresentaram níveis de estresse acima da população americana e 54,54% acima da média da população sul brasileira. Amédia do grupo foi de 22,63 (dp=6,07). No pós-teste, 100% dos indivíduos apresentaram valores acima da média americana e 37,50% acima da população sul brasileira. Amédia do grupo no pós-teste foi de 20,50 (dp=3,92). Não houve diferença significativa na percepção de estresse entre o pré e pós-teste F(2,11)=1,595; p=0,225. Em relação à força, os bailarinos no pré-teste apresentaram desempenho superior a 80%. No pós-teste, 100% apresentaram desempenho entre 90 e 100%. Houve diferença significativa entre pré e pósteste F(2,11)=7, 332, p=0,016. Os resultados da correlação entre as duas variáveis foram moderados negativo e não apresentou diferença significativa (r= -0, 144, p=0,570). Conclui-se para este estudo, que o estresse e a força dos membros inferiores são inversamente proporcionais, ou seja, quanto menor os níveis de estresse, maior o desempenho no teste de força. Verificou-se que a intervenção de redução de estresse não foi tão eficiente quanto o treinamento de força. Neste sentido, é necessário utilizar várias técnicas de redução de estresse para aumentar a performance dos bailarinos. Sugerem-se novos estudos com diferentes populações e faixas etárias para acompanhar a evolução do desempenho e redução de estresse.