EFEITOS ANTROPOMÉTRICOS DECORRENTES DA VARIAÇÃO DE INTENSIDADE DE TREINAMENTO EM CIRCUITO DURANTE O CICLO MENSTRUAL

Resumo

O ciclo menstrual caracteriza-se por alterações rítmicas da produção e secreção dos hormônios gonadotrópicos da adeno-hipófise que determinam o início do crescimento de novos folículos nos ovários. Um dos folículos finalmente torna-se maduro e ovula em torno do 14° dia. Durante o crescimento dos folículos ocorre principalmente secreção de estrogênio. Após a ovulação, as células secretoras do folículo transformam-se no corpo lúteo, que secreta grandes quantidades dos hormônios femininos progesterona e estrogênio. Depois de 2 semanas, o corpo lúteo degenera, e, em conseqüência, os hormônios ovarianos estrogênio e progesterona diminuem acentuadamente e começa a menstruação. Segue-se, então, um novo ciclo ovariano; esses hormônios também exercem influência sobre a disponibilidade de diferentes substratos para o exercício físico, possivelmente também altera o desempenho no treinamento em circuito. A variação da carga de treinamento tem sido discutida recentemente como uma forma de amenizar as alterações hormonais decorrentes do ciclo menstrual e conseqüentemente potencializar os efeitos do treinamento. O presente estudo teve como objetivo analisar a diferença do percentual de gordura comparando oito semanas de treino com a carga constante e oito semanas de treino com a referida variação de intensidade. O percentual de gordura foi analisado pelo método das dobras cutâneas e determinado pelo protocolo de Pollock utilizando-se um adipômetro clínico CESCORF. Foi verificada diferença significativa nas variáveis analisadas. Concluímos que para esse caso a variação da intensidade pode trazer resultados mais satisfatórios, porém não conclusivos levando em consideração o número de avaliados que foi pequeno isso nos mostra a importância de serem feitas mais pesquisas para uma melhor comprovação desta hipótese.