O IMAGINÁRIO SOCIAL DE AVENTUREIROS DO EXTREMO: UMA LEITURA SOBRE O ANNAPURNA
Palavras-chave:
Imaginário Social, Corpo, Escalada, Esportes radicais.Resumo
Assistimos ao crescimento de várias práticas desportivas envolvendo a aventura e o risco e que podem ser denominadas de esporte radicais ou de aventura, cujo cenário mais utilizado é a natureza. O paradoxo é que esse fascínio pela incerteza, pelo vazio, pelo inesperado surge entre indivíduos das sociedades modernas que valorizam a segurança, o enclausuramento, o compromisso de residência. Essa mudança de comportamento da pós-modernidade, cujo valor supremo é a “vontade de liberdade”, resulta num mundo vivido como incerto, incontrolável e assustador (Guiddens, 1991; Bauman, 1998; Lyotard, 2002; Maffesoli, 2003; Lipovetsky, 2004). O presente estudo visa compreender os sentidos que a aventura de escalar pela primeira vez um pico com mais de 8.000 mil metros, assume no universo imaginário de nove escaladores. Estudo é de natureza qualitativa e de caráter interpretativo. A amostra foi constituída dos discursos de 9 escaladores, da primeira expedição ao pico Annapurna, no Himalaia, que originou o Livro de mesmo nome. Foi utilizada a análise do discurso de Orlandi (2000, 2001). As marcas lingüísticas que emergiram dos discursos permitiram a explicitação dos sentidos: sacrifício, contemplação, antropomorfização da montanha, limitação do corpo, enfrentamento do adversário e êxtase, em suas polissemias. Concluímos que viver no limite a que esses poucos se submeteram significaria talvez a morte, mas para esses seres ultra-humanos, tal morada se encontra no extremo. O imprevisível e o incontrolado caminham junto aos atletas, desafiando-os. Objetivaram se inscrever na imortalidade. O imaginário é heróico, solar (Durand, 1989).
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Como Citar
O IMAGINÁRIO SOCIAL DE AVENTUREIROS DO EXTREMO: UMA LEITURA SOBRE O ANNAPURNA. (2015). Fiep Bulletin - Online, 76(1). https://ojs.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/5176