QUESTÃO DE HUMANIZAÇÃO: ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NO CENTRO CIRÚRGICO

Resumo

Há, até, alguns anos, a função do enfermeiro na unidade de centro cirúrgico era dirigida para os aspectos gerenciais, na conduta impessoal dos profissionais que atuam no centro cirúrgico, podendo ser então decorrência da grande demanda por serviços e contato constante com pessoas sob tensão, sendo que, em alguns momentos, a inadequação de assistência médica e o despreparo dos profissionais contribuíam para que o paciente,  nessas circunstâncias,  ficassem  exposto à perda de identidade e ausência de privacidade. O presente estudo traz, como objetivo, um levantamento dos principais artigos referentes à humanização em centro cirúrgico, identificando as principais necessidades e destacando a importância da humanização da assistência de enfermagem em pacientes do âmbito cirúrgico. O estudo constitui-se em uma pesquisa literária sistemática, de abordagem qualitativa, onde se realizou uma revisão de literatura em revistas científicas , focando artigos da base de dados SciELO, considerando os conteúdos publicados entre os anos de 2006 e 2012. Mediante busca realizada nos bancos de dados já mencionados, encontrou-se 18 (dezoito) artigos relacionados à temática, descartando-se 6 (seis), por não se enquadrarem dentro de critérios de inclusão acordados. Utilizou-se, assim, 12 (doze) artigos, submetidos à análise. De acordo com a literatura estudada, observou-se que a assistência de enfermagem e a tecnologia estão interligadas, de modo que o profissional se envolve em teorias e princípios que resultam na expressão desse conhecimento técnico-científico. As situações e as relações diárias vivenciadas pelo enfermeiro de centro cirúrgico desencadeiam sensações de prazer e de sofrimento. Ao enfrentar situações conflituosas, o enfermeiro deve minimizá-las, dialogar, de forma participativa, itinerante.  As ações éticas, contempladas na graduação, devem ser praticadas pelos enfermeiros ao assistirem seus pacientes. Entretanto, as repetições diárias das atividades induzem o profissional a agir de forma mecânica. A sobrecarga de trabalho e, até mesmo, o comodismo afetam, consideravelmente, a relação prática/teoria, deixando com isso indícios de insatisfação dos clientes com relação aos cuidados recebidos.