OCORRÊNCIA DE LESÕES EM ATLETAS DE GINASTICA RÍTMICA

Resumo

Na Ginástica Rítmica Desportiva (GR), para atingir a perfeição técnica e reproduzir todos os movimentos e exercícios de suas rotinas, as atletas devem treinar e repetir os elementos técnicos milhares de vezes. Este cotidiano intenso de treinamentos coloca as ginastas em risco de lesão por sobrecarga e fadiga em diferentes estruturas e grupos musculares. O objetivo deste estudo foi analisar a ocorrência de lesões músculo-esqueléticas, o tempo de prática e o volume de treinamento de atletas de GR. Participaram deste estudo 266 ginastas do sexo feminino entre 5 e 19 anos de idade, participantes do VII Torneio Nacional de Ginástica Rítmica, ocorrido entre os dias 16 a 19 de novembro de 2006, na cidade de Florianópolis-SC, divididas em 4 grupos, de acordo a categoria. As informações foram coletadas através da aplicação de questionamento direto. Para a análise dos dados foi utilizada a estatística descritiva. A média de idade das participantes do estudo foi de 12,05 + 2,3 anos. As ginastas praticam GR há aproximadamente quatro anos (53,2+28,5 meses), com um volume de treinamento de aproximadamente 18 horas/semana (1122,2+422min/semana). A ocorrência de lesões referidas por categoria foi: adulta (80%); juvenil (70,7%); infantil (44%) e pré-infantil (28 %). Em todas as categorias a maior incidência de lesões foi nos membros inferiores: adulta (joelho - 36%); juvenil (pé - 25%); infantil (pé - 14%) e pré-infantil (virilha - 8%). A coluna vertebral também apareceu com uma ocorrência significativa, principalmente nas categorias adulto (32%) e juvenil (18%). Devido aos movimentos extremos com os membros inferiores realizados durante a prática de GR, pode-se confirmar a tendência de lesões relevantes nos membros inferiores e na coluna vertebral. Através desta constatação, confirma-se a importância da inserção de programas preventivos objetivando a minimização de incidência de lesões neste esporte.