PROGRAMAS COMUNITÁRIOS DE ATIVIDADE FÍSICA SEM PRESCRIÇÃO E ACOMPANHAMENTO NÃO CAUSAM EFEITOS EM VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICA, BIOQUÍMICAS E PULMONARES DE MULHERES IDOSAS COM SOBREPESO E OBESIDADE

Autores

  • Elisangela Vilar de Assis
  • Simone dos Santos Maciel
  • Alexandre Sérgio Silva
  • Christiane Leite Cavalcanti
  • Maria Conceição Rodrigues Gonçalves

Palavras-chave:

idosos, intervenção nutricional, atividade física,

Resumo

Este estudo avaliou o efeito de um programa comunitário de atividade física em variáveis antropométricas, bioquímicas e pulmonares de idosas. Participaram do estudo 28 idosas com sobrepeso e obesidade, sendo 14 previamente sedentárias (GS, 68,7+5,5 anos) e 14 previamente ativas em atividades aeróbias, realizadas em centros comunitários sem prescrição individualizada dos exercícios (GAF, 68,1+4,5 anos). Foi feita uma intervenção nutricional com ambos os grupos por três meses. O GAF realizava exercícios aeróbios leves rotineiramente duas vezes por semana, durante quarenta e cinco minutos por dia e continuou com estes exercícios durante a intervenção. Os dois grupos foram avaliados quanto à antropometria, a espirometria, a cirtometria dinâmica e o perfil lipídico e glicêmico antes e após os três meses de acompanhamento. Na avaliação inicial, GAF não se mostrou melhor que GS em nenhuma das variáveis, indicando inefetividade do exercício que vinha sendo realizado. Após os três meses de acompanhamento dos exercícios e intervenção nutricional o grupo GAF apresentou apenas uma tendência para o aumento dos níveis de HDL-c, de redução dos triglicerídeos, de redução do VLDL-c, da relação cintura/quadril, bem como melhoria do volume expiratório forçado no primeiro segundo em porcentagem (VEF1%), do pico de fluxo expiratório (PFE) e do volume de reserva expiratório (VRE). Estes dados nos levaram às seguintes constatações: 1- A prática de exercício sem acompanhamento profissional individualizado não promove melhoria de fatores de risco antropométricos e bioquímicos para doenças crônicas; 2- Intervenção com orientação nutricional tende apenas para uma melhora nestes fatores de risco; 3- Intervenção também com prescrição dos exercícios parece ser necessária para potencializar os efeitos da intervenção nutricional. Portanto, concluímos que as mulheres que praticavam exercícios nos centros comunitários sem uma prescrição individualizada não se beneficiaram com a redução dos fatores de risco para doenças crônico-degenerativas.

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Publicado

2011-01-07

Edição

Seção

TRABALHOS PUBLICADOS

Como Citar

PROGRAMAS COMUNITÁRIOS DE ATIVIDADE FÍSICA SEM PRESCRIÇÃO E ACOMPANHAMENTO NÃO CAUSAM EFEITOS EM VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICA, BIOQUÍMICAS E PULMONARES DE MULHERES IDOSAS COM SOBREPESO E OBESIDADE. (2011). Fiep Bulletin - Online, 81(1). https://ojs.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/311