CULTURA LÚDICA E CULTURA INFANTIL: CONTRIBUIÇÕES DOS JOGOS E BRINCADEIRAS DA CULTURA POPULAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Resumo

A cultura brasileira é incomensurável. É representada na literatura, nas danças, utensílios, no imaterialismo das festas, nas crenças, na gastronomia, nas brincadeiras, entre outros, portanto, é presente nas manifestações do contexto familiar, econômico, religioso, político. Equivocadamente, acredita-se que a cultura é transmitida apenas pelo adulto, esquecendo que as representações lúdicas infantis são, também, uma forma de transmissão cultural que possuem um vasto repertório motor para o desenvolvimento infantil. Desta forma, objetiva-se abordar a importância da utilização da cultura lúdica dos jogos e brincadeiras tradicionais para a valorização da identidade cultural e desempenho motor nas aulas de Educação Física Escolar da Educação Infantil. Neste contexto, surge o questionamento de como a cultura lúdica dos jogos e brincadeiras tradicionais contribui para a valorização da identidade cultural e o desempenho motor das crianças da Educação Infantil. Para tanto, busca-se analisar a importância dos jogos e brincadeiras da cultura popular como identidade cultural e desempenho motor da criança nessa fase. Este estudo se configura de natureza qualitativa, utilizando de referências bibliográficas para o seu suporte teórico. A cultura lúdica faz parte do patrimônio cultural infantil através de jogos, brinquedos, músicas e histórias transmitidas de geração a geração, a qual é esquecida devido à oferta sedutora e diversificada da contemporaneidade: TV, brinquedos industrializados, computador; os constrangimentos motores por falta de espaços públicos; e ainda, a violência social. Com base na matriz teórica, sob a crença de que o processo educativo deve privilegiar o acesso ao patrimônio cultural por meio da mediação entre a cultura lúdica passada e a atual, as aulas de Educação Física Escolar, como ciência do movimento humano, devem garantir, no espaço escolar, a pertença cultural por meio de vivências motrizes que privilegiem, de maneira intencional, o repertório motor a partir da vivência dos jogos da cultura popular.