ESCALA DE TRABALHO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: A QUALIDADE DE VIDA DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NUM HOSPITAL PÚBLICO

Resumo

O serviço de Enfermagem tem papel imprescindível nos processos assistenciais que ocorrem nas instituições de atenção à saúde. O objetivo deste trabalho foi identificar a interferência do tipo de escala de trabalho na vida pessoal e na qualidade de vida de técnicos de enfermagem que atuam em uma Unidade de Terapia Intensiva. Foi uma pesquisa do tipo descritiva exploratória de abordagem qualitativa, os sujeitos envolvidos foram 22 técnicos de enfermagem da UTI de um hospital público do município de Foz do Iguaçu/PR, e que vivenciam os modelos de escalas de trabalho de 12x36 horas. A coleta de dados ocorreu através de entrevista semi-estruturada, no primeiro semestre de 2012. Para a análise dos dados utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), proposto por Lefrève e Lefrève (2005).  Surgiram as seguintes Ideias Centrais (IC) seguidas por seus DSC: A escala interfere na minha vida nos finais de semana; A escala de 12x36 horas é melhor porque sobrecarrega menos; O que poderia melhorar são as trocas de folga. A escala de trabalho de uma instituição pode ser um fator de desmotivação no cotidiano do trabalhador de Enfermagem, e se a escala for mal elaborada, pode prejudicar a vida pessoal do funcionário e interfere em sua qualidade de vida, o que pode refletir no cuidado que é prestado ao paciente.