INFLUÊNCIA DE TÉCNICAS MIOFASCIAS EM FUNCIONÁRIAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ COM LOMBALGIA CRÔNICA INESPECÍFICA

Resumo

A lombalgia crônica inespecífica (LCI) apresenta alta incidência e pode interferir na mobilidade da coluna lombar e no nível de incapacidade dos indivíduos. Uma das principais causas pode ser a tensão dos músculos e da fáscia. Dentre os diversos recursos para seu tratamento está a terapia manual, que, por meio de técnicas miofasciais, alonga e normaliza os tecidos encurtados e, como consequência, pode melhorar a mobilidade e reduzir as tensões anormais no organismo. O objetivo deste estudo foi verificar a influência de técnicas miofasciais no nível de incapacidade, na diminuição da dor e no aumento da amplitude de movimento da coluna lombar em funcionárias da Universidade Estadual do Oeste do Paraná portadoras de lombalgia crônica inespecífica. A amostra foi composta por 15 pacientes portadoras de LCI, sedentárias e com idade de 20 a 55 anos. Não foram incluídos indivíduos com dor lombar, cujo histórico clínico sugerisse etiologia não mecânica ou envolvimento do sistema nervoso e praticantes de atividade física regular. As pacientes foram submetidas ao tratamento por 10 sessões, o qual foi composto por um protocolo com técnicas de manipulação miofascial, durante três sessões semanais. Na primeira e na última foi aplicado o questionário Roland-Morris e foram realizadas as avaliações da mobilidade da coluna lombar (teste de Shöber e teste de Shöber modificado). Durante todas as sessões foram verificadas, no início e ao fim da intervenção, a quantidade de dor presente (escala visual analógica). Foram observadas diferenças estatisticamente significativas na flexão (< 0,0001), extensão (0,0046), questionário Roland-Morris (< 0,0001) e na dor (p < 0,0001). Portanto, concluiu-se que o protocolo de técnicas miofasciais foi capaz de diminuir os níveis de dor, aumentar a amplitude de movimento da coluna lombar e reduzir os níveis de incapacidade em pacientes com LCI.