OS EFEITOS DO DESTREINO NAS CAPACIDADES FÍSICAS EM IDOSOS

Resumo

O crescimento da população de idosos é um fenômeno mundial. Em virtude disso o idoso ocupa um papel de destaque na sociedade. Atualmente, os profissionais da área da saúde destacam a relevância da atividade física como um fator determinante no sucesso do processo do envelhecimento. Esse fenômeno é marcado por um processo de prejuízos da funcionalidade, causada por importante queda de desempenho nas capacidades funcionais e físicas. No intuito de evitar essas perdas profissionais da área da saúde indicam aos idosos realizar exercícios físicos, e uma das modalidades mais indicadas hoje em dia é o exercício resistido (ER). O ER adequado permite ao corpo melhoras e aperfeiçoamentos nas capacidades físicas. No entanto, tais modificações induzidas pelas atividades físicas regulares podem ser reduzidas ou retornam a situação anterior ao treinamento quando o programa de exercício é interrompido, sendo que este fenômeno é chamado de destreino. Este trabalho tem como objetivo verificar os efeitos da interrupção de um programa de ER sobre as capacidades físicas; especificamente a flexibilidade, força de membros superiores e inferiores e resistência; em idosos de 60 a 82 anos que participam do projeto “Saúde e qualidade de Vida” do Laboratório de exercício resistido LERES. Para avaliar as capacidades físicas dos idosos foram realizados os seguintes testes: flexibilidade (banco de Wells), marcha estacionaria, preensão manual (dinamômetro de mão), senta e levanta. Estes se efetivaram em três períodos, ao final do programa de ER; após quinze dias dos primeiros testes ocorreu a segunda avaliação e a terceira avaliação logo após quarenta e cinco dias. O grupo analisado foi constituído de 19 idosos. De acordo com as analises estatísticas nos resultados obtidos ocorreu uma redução do primeiro momento para o terceiro, demonstrando que o destreinamento foi deletério para variáveis citadas. Entretanto tais reduções não acarretam quedas significativas do ponto de vista estatístico. Assim conclui-se que os períodos de 15 a 45 dias não promovem perdas significativas do ponto de vista estatístico nas variáveis estudadas. Porem ressaltamos que a reversibilidade ocorreu, portanto o principio da continuidade é reforçado pelo resultado desse estudo.