TRANSFERÊNCIA DE APRENDIZAGEM INTERLATERAL NO ARREMESSO DE DARDO

Resumo

Foi analisado o efeito da direção da transferência interlateral no aprendizado do arremesso de dardo. Quarenta crianças (10 a 12 anos), divididas em dois grupos GP-Np e GNp-P, realizaram a tarefa de arremessar dardos em direção à um alvo. O grupo GP-Np realizou os testes com a mão preferida e a fase de aquisição com a mão não-preferida e o grupo GNp-P realizou os testes com a mão não-preferida e a fase de aquisição com a mão preferida. Os grupos realizaram um pré-teste (10 tentativas), uma aquisição (100 tentativas) e um pós-teste (10 tentativas). Foi analisado o erro absoluto calculado a partir do centro do alvo. Não foi verificada transferência de aprendizado interlateral. Esta ausência na transferência interlateral foi explicada pela pequena quantidade de prática fornecida durante a fase de aquisição. Assim, para que a transferência de aprendizado ocorra, deve haver uma quantidade de prática suficiente para melhorar o desempenho do lado que realiza a fase de aquisição específica na tarefa. Pois, apenas parte dos elementos adquiridos com a prática específica de um dos lados é transferida para o outro lado. Também foi sugerido que quanto maior for o número de elementos perceptivo-motores na tarefa, maior será a chance de ocorrer transferência de aprendizado.