HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E PERDA AUDITIVA: ESTUDO TRANSVERSAL EM ADULTOS E IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA DE MACAÉ, RIO DE JANEIRO.

Resumo

O processo de envelhecimento eleva o risco de aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, sendo a hipertensão arterial sistêmica (HAS) considerada uma das principais doenças no campo da Saúde Pública. Associada ao processo de envelhecimento, está a perda auditiva, cuja prevalência em idosos é de cerca de 63%. Estudos sugerem que alterações na atividade coclear podem ser devidas a doenças metabólicas, sendo a HAS uma doença que possa causar dano no sistema auditivo. Objetivou-se descrever a prevalência de HAS em adultos e idosos deficientes auditivos e suas características demográficas e socioeconômicas, assistidos nas Estratégias de Saúde da Família de Macaé (ESF's)/RJ. Realizou-se um estudo descritivo, de base primária, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Bolsistas, previamente capacitados, utilizaram um questionário estruturado. Foram entrevistados 338 adultos e idosos com HAS nas ESF's, representando cerca de 36% da população assistida, detectando-se 6% do grupo com deficiência auditiva e média (±DP) de idade de 60,7±11 anos, sendo 16,7% do sexo masculino e 83,3% do sexo feminino. Segundo a cor da pele auto referida, detectou-se que 38,9% referiram ter a cor branca, 33,4% preta e 27,7% parda. Em relação a procedência, detectou-se que 83,3% eram do Sudeste. A renda média familiar (RMF) foi de 55,6% entre 1 e 3 SM, e uma média(±DP) dependentes da RMF de 2,7±2,1 SM. A média (±DP) de tempo de diagnóstico de HAS foi de 11,7±7,5 anos. Conclui-se que a maioria dos entrevistados é idosa, do sexo feminino, da região Sudeste, apresentando renda média entre 1-3 SM.