DANÇAS CIRCULARES E AS RELAÇÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ESTUDO COM ALUNOS DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Resumo

O objetivo do presente estudo consistiu em investigar a perspectiva dos alunos (as) do 8º ano do Ensino Fundamental em duas escolas da cidade de Dourados-MS, acerca das danças antes da aplicação das rodas de danças circulares e quanto as danças circulares depois da aplicação das rodas, correlacionando as perspectivas encontradas entre os gêneros e analisando as dificuldades. A pesquisa foi desenvolvida com a amostra de 47 alunos, 23 da escola pública e 24 da escola privada. Para obtenção dos dados além dos questionários aplicados utilizou-se um diário de campo com as observações da pesquisadora quanto às reações dos alunos. A partir dos relatos, afirmar “gostar” de dançar não significa sucesso nas aulas, pois esses comportamentos se justificam pela própria mudança hormonal, cobrança da sociedade, dos colegas, dos pais e do seu próprio autoconhecimento e autoafirmação. Além do mais a cultura, a educação, a sociedade não tem abordado devidamente as questões de gênero, que deveriam ser explicadas e estimuladas desde a mais tenra idade. Assim gostar, mas não admitir, reflete-se nas respostas dos questionários, visto vivenciarem uma fase de desequilíbrios e instabilidades. A utilização da dança circular, sob o enfoque educacional, é de extrema importância para o desenvolvimento físico, mental, afetivo e social do ser humano. Alguns alunos foram tocados, despertou-se o compartilhar, o cooperar, o respeito pelas diferenças e inclusão, no entanto, por ser algo novo, levanta-se a necessidade de capacitar os profissionais de Educação Física para trabalhar com danças circulares.