QUESTÕES DE GÊNERO E SUAS IMPLICAÇÕES - DA COLONIZAÇÃO DO BRASIL AO SECULO XXI

Resumo

A população afro-descendente brasileira vem, aos poucos, compreendendo a necessidade de acelerar o processo de quebra de paradigmas e de enfrentamento dos óbices seculares que impedem ou dificultam ao extremo a sua emancipação e sua “equiparação” aos brancos. Entretanto, essa luta iniciou-se há mais de quatro séculos com o advento da escravidão negra. Passados mais de cem anos da Abolição da Escravatura no Brasil, a questão da inserção desse enorme contingente populacional na sociedade civil capitalista brasileira e sua luta pelo fim da discriminação, continua a ser um grande desafio para governos realmente interessados na problemática e, para as futuras gerações. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), apresenta em seus relatórios dados impressionantes sobre a etnia do nosso povo e as condições sócio-econômicas e de escolaridade dos diversos segmentos populacionais. Os números nos fornecem um espectro da pobreza, da falta de dignidade e do processo de exclusão da população afro-descendente. A Educação Física e os esportes têm sido um dos caminhos mais eficientes para a mobilidade social da população afro-descendente, não só no Brasil, como em vários países.. Vitórias espetaculares como a do corredor americano Jesse Owens nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, perante um atônito e incrédulo Hitler, o excepcional desempenho e popularidade da nossa ginasta Daiane dos Santos, as excelentes jogadoras das seleções nacionais de basquete e vôlei femininos, os grandes talentos do nosso atletismo, como Ademar Ferreira da Silva, João do Pulo, Robson Caetano e vários outros, além e particularmente no futebol como Pelé, Leônidas da Silva, Robinho, têm possibilitado às camadas mais carentes do nosso povo acesso à tão propalada inclusão social.