ESTUDO DE PREVALÊNCIA DE EPILEPSIA EM ESCOLARES DA ZONA SUL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DA CIDADE DE MANAUS

Resumo

A epilepsia é compreendida, geralmente, como uma condição crônica que abrange "um grupo de doenças que tem, em comum, crises epilépticas que recorrem na ausência de doenças tóxicos-metabólicas ou febril", sendo que essas crises são causadas por uma anormal e excessiva descarga nas células nervosas, as crises podem ocorrer em uma parte do cérebro (crises focais) ou em uma área que abrange todos os dois hemisférios do cérebro (crises generalizadas) (Guerreiro, 1996, pg 01). Este trabalho consistiu em duas fases, 1º Fase: Diagnosticar os casos positivos através da aplicação dos questionários de rastreamento de Placencia et al (sendo adaptados para escola) aos professores das salas de aula, considerando duas situações: teste positivo - para questionário que apresentarem pelo menos uma resposta afirmativa, e testes negativos - todas as respostas forem negativas. A 2º Fase: validar o diagnóstico que foi realizado por neurologista, sendo que o objetivo dessa fase era para determinar os verdadeiros e falsos positivos e negativos. Nesta pesquisa foram detectados 65 suspeitos, equivalente a 4,65% do total de todos os alunos (1412), inferimos que a taxa dos verdadeiros positivos seria inferior a taxa dos suspeitos, isso de certa forma vai ao encontro da literatura, como exemplo Borges (2002) onde, valores entre 0,9/1000 hab. até 57/1000 para a prevalência. Outros autores que aceitam uma faixa de prevalência mais estreita, oscilando entre 1 a 10/1,000 hab. A busca da prevalência de epilepsia em escolares deu-se pelo fato de buscarmos subsídios para tirar a epilepsia das sombras através do enfoque educacional, pois buscamos com essa pesquisa poder desmistificar a epilepsia e os preconceitos que os portadores enfrentam em seu cotidiano.