A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA, AVALIADA POR ELETROMIOGRAFIA, NA INCIDÊNCIA DE QUEDAS EM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE (MS).

Resumo

Entre 1960 e 1980, observou-se no Brasil uma queda de 33% na fecundidade. A diminuição no ritmo de nascimento resulta, em médio prazo, no incremento proporcional da população idosa, com conseqüente diminuição das capacidades físicas, funcionais e na autonomia da população. O objetivo do estudo foi avaliar a composição corporal, incidência de quedas durante 12 meses e a atividade mioelétrica dos músculos reto femural, vasto medial, tibial anterior e gastrocnêmio de 34 indivíduos sedentários, com média de idade de 69,3 ± 7,3 anos e 40 indivíduos exercitados 03 dias por semana, 01 hora por dia, com media de idade de 71,5 ± 5,6 anos. Foram utilizados o índice de massa corporal (IMC) para a avaliação da composição corporal, questionário recordatório para indicação de quedas em um período de 12 meses e um eletromiógrafo de oito canais da marca EMG System do Brasil para a análise mioelétrica. Nossos resultados demonstraram uma menor incidência de sobrepeso e obesidade (66% vs 82%) e de quedas (19% vs 60%) entre os indivíduos exercitados quando comparados ao grupo sedentário. Além disso, o grupo exercitado apresentou uma maior atividade mioelétrica em todos os músculos estudados (reto femural 38,1v vs 28,3v; vasto medial 42,8v vs 28,2v; tibial anterior 81,5v vs 57,2v e gastrocnêmio 112,7v vs 52,6v). Nossos resultados demonstram que um estilo de vida ativo minimiza a deterioração sistema neuromotor, diminuindo a perda de unidades motoras e da capacidade funcional, reduzindo o número de quedas e preservando a autonomia de idosos.