ATIVIDADE FÍSICA E SAÜDE: ANÁLISE DE HÁBITOS DE ATIVIDADE FÍSICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM PACIENTES DE BAIXO NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO COM DEPENDÊNCIA ETÍLICA DO CENTRO DE APOIO PSICOSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS (CAPES-AD) DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE-BRASIL

Resumo

Introdução: Exercícios físicos atuam sobre diferentes sistemas orgânicos, quer seja em pessoas aparentemente saudáveis ou em dependentes químicos. Objetivo: Analisar a composição corporal, pratica de atividade física e risco cardíaco em alcoólatras. Material e Métodos: decorre de um estudo descritivo, transversal com 16 homens de baixo nível sócio-econômico, média de idade de 42,6+10,3 anos, alcoólatras participantes do centro de apoio psicossocial (CAPS-AD), na cidade de Juazeiro do Norte, Ceará, que submeteram-se a  questionários de anamnese, verificação de perimetria, dobras cutâneas, massa corporal (MC) e estatura (EST), equacionando IMC, percentual de gordura (%G) sob Protocolo de Guedes (1994), Peso de gordura Armazenada (PGA), Peso de Massa Magra (PMM) em kg e risco cardíaco por circunferência de cintura (CC) com ponto de corte 90cm (homens) e 80cm (mulheres). O Plano analítico utilizou SPSS 13.0 para análise descritiva e inferencial. Nível de confiança de 5%. Resultados: encontrou-se: MC 60,26+10,62kg; EST 1,61+0,06m; IMC 23,17+3,96kg/m2; 50,0% normal e 37,5% sobrepeso; %G 16,29+6,87%; RCQ 0,89+0,07, PGA 10,20 + 5,24kg , PMM 50,05+ 7,54kg,  CC 82,24+10,60cm; 31,3% bebem há mais de 30 anos e 93,7% há mais de 5 anos; 56,3% estão classificados de ativos para muito ativos; 25% jogam futebol, 25% caminha e 6,3% usa  bicicleta como transporte; 43,8% Insuficientemente Ativos,  43,8 Ativos 12,5% Muito Ativos; o "r" de Pearson encontrou correlações baixas (r=0,115) entre o tempo de bebida e risco cardíaco; as correlações entre PGA, IMC, CC, %G e RCQ foram acima de 0,700; o "t" de Student encontrou diferenças significativas entre IMC e CC (p=0,000); CC e RCQ (p=0,000);  Conclusão: A composição corporal está em níveis normais  para ativos e insuficiente ativos fisicamente. Independente do nível de atividade, dependência etílica, tempo de ingestão e tratamento associados ä atividade física, mesmo irregularmente, não observou-se correlações significativas associadas ao risco cardíaco.