ANÁLISE DESCRITIVA DA MARCHA DE CRIANÇAS NO AMBIENTE AQUÁTICO

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar as características cinemáticas da marcha de crianças no ambiente aquático. A marcha foi descrita através do deslocamento angular do joelho e tornozelo e de uma análise qualitativa. O estudo aconteceu na piscina do CEFID-UDESC, onde participaram quatro crianças de ambos os sexos com idade variando entre 7 e 12 anos de idade. As crianças realizaram 12 passagens em uma passarela de 5 metros de comprimento numa velocidade auto-elegida. O nível de imersão foi no manúbrio para a criança 2, na 7a costela para a criança 3, no processo xifóide para a criança 1 e na 12a costelas para a criança 4. As crianças foram filmadas somente do lado esquerdo no plano sagital por uma filmadora digital que estava numa caixa estanque posicionada a 3,6 metros da passarela em uma altura de 0,57 metros. Para a análise do deslocamento angular foram marcados pontos anatômicos nos membros inferiores, sendo estes: o trocânter maior do fêmur, platô tibial, maléolo lateral e quinto metatarso. Para a análise de dados foi utilizada a estatística descritiva. Os dados obtidos neste estudo foram comparados aos encontrados na literatura referentes ao ambiente terrestre. Foi possível observar que as maiores alterações ocorreram durante a fase de contato inicial, o tornozelo encontrava-se plano e o joelho em maior flexão que no ambiente terrestre. Dos quatros arcos de movimento do tornozelo e do joelho, constataram-se apenas 3. Baseando-se nessa análise ao prescrever o treino de marcha no ambiente aquático é importante estabelecer o objetivo da reabilitação a curto, médio e longo prazo para controlar algumas variáveis que influenciam no movimento como o nível de imersão.