EFEITO DE UM PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA DISFUNÇÃO MICCIONAL INFANTIL

Resumo

A disfunção miccional infantil (DMI) é definida como um padrão miccional anormal para a idade da criança, não sendo reconhecida antes da aquisição do controle urinário diurno. Os escapes urinários são socialmente mal tolerados e compreendidos pela criança e familiares. Por isso é importante a individualização e aplicação de um tratamento específico. Os objetivos foram verificar o efeito de um protocolo de intervenção fisioterapêutica na DMI; analisar a evolução da DMI e a modificação no nível de satisfação pela Escala Visual Analógica (EVA); comparar a pontuação do questionário de avaliação da bexiga hiperativa e Escore de Farhat antes e após o tratamento. Estudo clínico de um caso de DMI de uma menina, 10 anos de idade, que apresentou sintomas de DMI. O protocolo foi composto de 20 sessões, com freqüência de 2 vezes semanal, e consistiu de orientações para reeducação comportamental e intervenção fisioterapêutica com alongamentos e exercícios para os grupos musculares envolvidos. A participante respondeu a ficha de avaliação, o questionário para avaliação de bexiga hiperativa, e o Escore de Farhat; e indicou o nível de satisfação na EVA. O protocolo de intervenção fisioterapêutica na DMI utilizado apresentou efeito benéfico, demonstrado pela ausência da DMI ao final do mesmo. Houve melhora na pontuação do questionário de bexiga hiperativa, o que significou diminuição da hiperatividade. A pontuação do Escore de Farhat diminuiu gradativamente conforme reduzia os episódios de perdas urinárias. Houve modificação do nível de satisfação sendo que apresentou-se insatisfeita quando na presença da DMI, e satisfeita quando na ausência da mesma. O questionário de bexiga hiperativa, o Escore de Farhat e o nível de satisfação evoluíram gradativamente na proporção que o quadro de DMI diminuiu, demonstrando relação importante entre a melhora da DMI com a melhora do quadro de bexiga hiperativa, do Escore de Farhat e EVA.