ATIVIDADES MOTORAS PARA CRIANÇAS DEFICIENTES DE DOIS A SEIS ANOS

Resumo

Entre dois a cinco anos é a chamada fase de movimentos fundamentais da criança. Nela a criança aprende capacidades físicas importantes como: coordenação, orientação espaço temporal, equilíbrio, contato social, ritmo, diferenciação. Segundo Gallahue (2003) essa fase segue uma progressão que pode ser subdividida em estágios. A seqüência de progressão ao longo dos estágios iniciais e o amadurecido são a mesma para a maioria das crianças. Porém o ritmo dependerá tanto de fatores ambientais quanto de fatores hereditários. Na criança deficiente geralmente os padrões de movimentos desenvolvem-se mais lentamente por isso a necessidade, delas, por maiores estímulos. Dessa forma as experiências podem ser determinantes na aquisição de habilidades, fazendo da educação física um importante instrumento de reabilitação. Este relato apresenta a experiência desenvolvida na prática pedagógica da educação física com um grupo heterogêneo de crianças deficientes de dois a seis anos em um programa de atividades motoras para deficiente (PROAMDE) da Universidade Federal do Amazonas. O objetivo foi desenvolver as habilidades motoras dos alunos, através das suas potencialidades, oportunizando relações afetivas e sociais. As atividades desenvolvidas com as crianças foram de habilidades motoras fundamentais: locomoção, manipulação e equilíbrio. Além de alguns conceitos da psicomotricidade como esquema corporal, lateralidade, estruturação temporal e orientação espacial, contando com a participação dos pais. As habilidades foram trabalhadas de acordo com a possibilidade de cada aluno, possuindo o mesmo objetivo com estratégias diferentes. Quanto às contribuições da prática de educação física para as crianças observamos melhorias significativas nos seguintes âmbitos: desenvolvimento de habilidades motoras básicas; estabilidade emocional; relações sociais e consciência corporal. A participação dos pais nas atividades mostrou-se ser um fator importante na prática das aulas, contribuindo para um melhor desempenho do aluno nas atividades. Portanto as atividades físicas mostraram ser fundamentais para o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo da criança deficiente.