PÉ DIABÉTICO: AUTOCUIDADO E RISCO DE COMPLICAÇÕES EM PACIENTES DIABÉTICOS TIPO II

Resumo

INTRODUÇÃO: A aderência ao tratamento (medicamentoso e não-medicamentoso) do Diabetes Mellitus (DM) é de suma importância para a redução da incidência de complicações. OBJETIVOS: Identificar o índice de autocuidado em pacientes com DM II e avaliar seu nível de risco de complicações nos pés. METODOLOGIA: Neste estudo transversal, foram incluídos diabéticos do tipo II, com idade superior a 18 anos, com cognição preservada, não hospitalizados, formando uma amostra de conveniência. O índice de autocuidado foi avaliado pelo Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD). O nível de risco para complicações foi avaliado pela inspeção dos pés e sua palpação (pulsos distais, sensibilidade superficial e profunda). RESULTADOS: A amostra foi composta por 42 indivíduos, 67% mulheres, com média de idade de 63±11 anos, diagnosticados há 131±91 meses, em uso de medicação oral há 123±87 meses (100% da amostra) e de insulina há 27±46 meses (43% da amostra).  No QAD, observou-se o maior valor de aderência no item "tomar o número indicado de comprimidos para diabetes" (6,9±0,7 dias por semana) e o menor no item "realizar atividades físicas específicas” (2,0±2,6 dias por semana). Quanto ao risco de complicação nos pés, 35 pacientes tinham baixo risco (neuropatia ausente = 83% da amostra), 1 paciente tinha risco moderado (neuropatia, sem outras alterações = 2% da amostra) e 6 pacientes eram de alto risco (neuropatia com outras alterações, amputado ou com úlcera = 15%). CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a maioria dos pacientes diabéticos avaliados apresentou baixo risco de desenvolver complicações nos pés, com baixa prevalência de neuropatia, úlceras e amputações. Também ficou demonstrado que o nível de aderência ao autocuidado é alto no que diz respeito ao uso de medicações e é baixo em relação a pratica de atividades físicas.