O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES AQUÁTICAS EM CRIANÇAS - IMPLICAÇÕES DA PROFUNDIDADE DA ÁGUA
Palavras-chave:
Natação, competência aquática (ou prontidão), metodologia de ensino.Resumo
A eficácia de diferentes métodos de ensino na natação é uma área escassa em estudos. Os efeitos na aquisição da competência aquática em contextos de aprendizagens diversificadas são totalmente desconhecidos. O estudo apresenta dois objectivos: (i) descrever as diferenças na metodologia de ensino em águas rasas e profundas, em aulas de natação para crianças do pré-escolar; (ii) identificar variações na aquisição de habilidades motoras aquáticas (básicas) adquiridas após 6, 12 e 18 meses de prática.
O estudo é constituído por 32 técnicos de natação e 98 crianças, divididos em dois grupos distintos, com diferentes profundidades. A amostra foi ainda estudada de acordo com a experiência prévia de prática de natação: 6,12 e 18 meses de prática.
Para aferir a organização e metodologia de ensino, foi aplicado um questionário aos técnicos. Posteriormente as crianças foram avaliadas ao nível da prontidão aquática, utilizando uma ficha de observação inédita.
Desenvolveram-se comparações entre os grupos através do
teste qui-quadrado ou teste exacto de Fisher quando apropriado. A significância estatística foi definida com p <0,05. Os resultados mostram algumas diferenças metodológicas entre ambos os contextos em crianças do pré-escolar, embora não sejam significativas.
A importância dada à autonomia propulsiva e o uso frequente de braçadeiras por parte dos técnicos de águas profundas é bastante distinto. Os resultados também indicam que as crianças com mais prática (12 e 18 meses) em ambos os contextos apresentaram um maior número de competências aquáticas adquiridas. No entanto, a competência aquática parece ser maior nos alunos de águas rasas, nomeadamente: ??no deslize dorsal (6 meses); na rotação sobre o eixo longitudinal (12 meses) e a flutuação vertical em águas profundas (18 meses). Estes resultados sugerem que as variações não são significativas no ensino, conjectura-se que a profundidade da água afecte aquisição de habilidades aquáticas em crianças do pré-escolar.
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