QUALIDADE DE VIDA EM ADULTOS DEFICIENTES VISUAIS

Resumo

O presente estudo buscou avaliar a qualidade de vida de adultos deficientes visuais, através do instrumento WHOQOL-bref. Procurou-se ainda identificar a faixa etária, sexo e natureza da deficiência, bem como conhecer os motivos para a prática de atividade física e importância atribuída a ela. A amostra foi constituída de 14 sujeitos que frequentam uma associação para deficientes visuais em um município da região do Vale do Sinos/RS. Para a analise dos dados utilizou-se a estatística descritiva através das contribuições de freqüência absoluta (n) e relativas (%), valores mínimos e máximos, médias aritméticas e desvios-padrão. Os resultados encontrados na pesquisa caracterizam a amostra com variação de idade de 22 a 74 anos (média = 49,3 ± 13,4 anos), representados com 71,4% do sexo masculino e 28,6% do sexo feminino; casados 42,9%, solteiros com 35,7%; 71,4% pessoas cegas e 28,6% com baixa visão; 71,4% do tipo adquirida e 28,6% congênita; deslocamento da retina, glaucoma, infecção da retina e queima da retina, respectivamente representados com 14,3%. Os demais casos, distribuídos igualmente com 7,1%, foram: degenerativo relativo a idade, catarata, queda e diabetes. Observou-se que os resultados relativos a Qualidade de Vida há uma predominância do domínio psicológico com 71,4%, seguido do domínio social com 66,1%, o domínio físico e ambiental com 63,5% e 58,5% respectivamente. Considerando os resultados expostos na comparação das medianas em relação a sexo, observa-se que as mulheres apresentarem melhor resultado no domínio físico em relação aos homens. Em relação as variáveis faixa etária, tipo de deficiência e a pratica da atividade física não há diferenças significativas. Diante dos resultados, percebe-se que a qualidade de Vida dos sujeitos do estudo foi classificada como boa, fato que pode estar relacionado ao contexto em que o deficiente visual está inserido, visto que participam efetivamente de diversas atividades proporcionadas pela associação.