INCLUSÃO DO SUJEITO COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NESSE PROCESSO
Palavras-chave:
necessidades educacionais especiais, teoria histórico-cultural, psicomotricidadeResumo
Este artigo procura discutir a importância da Educação Física no processo de inclusão escolar do sujeito com necessidades especiais e toma o professor como sujeito essencial nesse processo. Para a realização dessa discussão, respaldamo-nos nos Projetos realizados junto ao LAR-Laboratório de Atividades Lúdico-Recreativas e desenvolvidas pelos membros do GEIPEE-LAR (Grupo de Estudos, Intervenção e Pesquisa em Educação Escolar e Especial). É importante ressaltar que para a consolidação desse processo, respaldamos nossas ações teórico-metodológicas na Teoria histórico-cultural de desenvolvimento, reconhecendo-a como uma ciência que estuda o ser humano em contínuo processo de desenvolvimento e em decorrência das apropriações culturais que realiza ao longo de sua vida.Também toma-se a psicomotricidade como possibilidade teórico-metodológica, considerando que é também por meio de seu corpo em movimento e na relação com os objetos naturais e culturais, assim como com outros seres humanos, que os sujeitos avançam no seu desenvolvimento e humanização. Considerando essa concepção de desenvolvimento humano e tomando a psicomotricidade na perspectiva histórico-cultural, torna-se importante reconhecê-la como um instrumento científico com condições de contribuir para a definitiva superação da histórica dicotomia corpo-mente, presente na concepção positivista de homem e, nesse sentido, possibilitar a compreensão do ser humano em movimento e na sua totalidade, como síntese de muitas determinações biológicas, culturais, sociais e históricas.Trabalhar o desenvolvimento do ser humano numa perspectiva crítica, includente e humanizadora, como se defende nesse trabalho, é criar possibilidades concretas para superação das contradições geradas pela sociedade capitalista, as quais também se refletem e são reproduzidas no interior da própria escola. Enfatiza-se que a Educação Física Escolar, se concebida segundo a perspectiva histórico-cultural e, portanto, crítica e transformadora, ao assumir sua natureza singular de lidar diretamente com a atividade humana no campo prático-teórico e valorizar a linguagem corporal como importante forma de comunicação e manifestação de pensamentos e sentimentos, dentre outras características superiores humanas, abre possibilidades importantes para se avançar em direção à superação da histórica dicotomia mente-corpo e da histórica discriminação da diferença e do diferente na escola.
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