RECOMENDAÇÕES PARA O CUIDADOR DA CRIANÇA COM LUXAÇÃO DISPLÁSICA DO QUADRIL: RELATO DE DOIS CASOS
Palavras-chave:
Luxação displásica do quadril, LDQ, Displasia do desenvolvimento do quadrilResumo
Introdução: A Luxação Displásica do Quadril (LDQ) é caracterizada pela perda do contato da cabeça do fêmur com o acetábulo, sua incidência é maior no sexo feminino (8:1), com incidência de 2 a 17:1000, a forma unilateral é mais comum. Tratada precocemente e adequadamente, evita complicações que comprometem o prognóstico. Objetivo: Enfatizar a importância do fisioterapeuta na orientação ao cuidador, para proporcionar uma reabilitação mais segura. Metodologia: Duas meninas, irmãs com LDQ. A primeira foi diagnosticada no exame neonatal e a segunda aos seis meses de idade. O tratamento foi convencional através do suspensório de Pavlik; gesso pélvipodálico; gesso em posição humana e órtese de Atlanta. O tratamento fisioterapêutico foi iniciado após o tratamento convencional em um dos casos. Entretanto, a mãe fisioterapeuta foi elaborando estratégias de manuseio adequadas a cada nova situação durante todo tratamento convencional, para prevenir lesões da pele ou até mesmo iatrogenias em função do peso do gesso. Resultados: Observaram-se resultados satisfatórios nos dois casos, visto que, durante todo o período de gesso ou orteses não ocorreu nenhuma lesão da pele nem episódios álgicos, decorrentes do manuseio ou do peso do gesso. Assim como, também, os gessos se mantiveram íntegros durante todo o período de uso, não havendo necessidade de troca antes do tempo determinado. Conclusão: O acompanhamento fisioterapêutico baseado nas condutas empregadas, somadas as orientações ao cuidador, consistiu de grande valia para a recuperação acetabular e impediu o uso prolongado das orteses e gessos nestes dois casos. Os cuidados realizados durante o uso dos aparelhos corroboraram para um melhor prognóstico na qualidade da marcha na vida adulta, assim como evitou que os casos evoluíssem para a intervenção cirúrgica, para a correção da luxação. Baseando-se nestes relatos, foi elaborada uma lista de recomendações a serem feitas aos cuidadores das crianças com LDQ.
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