OS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA FUNCIONAL NA MARCHA DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL HEMIPARÉTICA
Palavras-chave:
Paralisia Cerebral, Estimulação Elétrica Funcional,Resumo
Introdução: A Paralisia Cerebral (PC) interfere na execução dos movimentos devido aos padrões anormais da coordenação, postura e tônus muscular. A marcha hemiparética não apresenta o toque do calcâneo no início do apoio bipodal pela incapacidade do músculo tibial anterior em produzir tensão suficiente para realizar o movimento de dorsiflexão. A fase de impulsão também fica comprometida em decorrência da fraqueza do músculo tríceps sural, constituindo fator limitante para a marcha. Estudos morfológicos sugerem que a fraqueza do músculo parético é mais incapacitante que a espasticidade. A Estimulação Elétrica Funcional (FES) promove fortalecimento com possibilidade de redução da assimetria cortical, pois envolve processos relacionados à movimentação voluntária. Objetivo: O objetivo do presente estudo é comparar os efeitos da FES na funcionalidade da marcha em pacientes com PC após sua aplicação nos músculos tibial anterior e tríceps sural. Materiais e métodos: A pesquisa é do tipo original com delineamento de estudo de caso. Participaram da pesquisa dois pacientes de ambos os gêneros, com três anos de idade, selecionados intencionalmente, com o diagnóstico clínico de PC hemiparética e marcha independente. Resultados: Os resultados obtidos pela escala GMFM, constataram maior evolução no paciente que recebeu a FES no músculo tríceps sural, assim como melhora da ADM passiva e aumento de força muscular de dorsiflexores e plantiflexores, redução do grau de espasticidade e evolução nas variáveis da marcha. Conclusão: Desta forma a FES demonstrou resultados positivos no tratamento de musculatura espástica com evolução na funcionalidade da marcha.
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