ESTILO DE VIDA, SAÚDE MENTAL E SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
DOI:
https://doi.org/10.16887/53v0kg48Palavras-chave:
Exercícios, Comportamento de saúde, Dietética, drome do ovário policístico, Saúde mentalResumo
Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um dos distúrbios endócrinos mais comuns em mulheres em idade reprodutiva, tendo um impacto negativo significativo na saúde mental, com altos níveis de prevalência sobre casos de depressão em mulheres com SOP, quando comparado com mulheres sem a síndrome. No entanto, as evidências em torno dos efeitos do exercício físico e da intervenção dietética na saúde mental de mulheres com SOP são obscuras. Objetivo: Avaliar a importância do exercício físico e dieta na saúde mental de mulheres com SOP. Métodos: Foi conduzida uma revisão sistemática seguindo as recomendações e diretrizes do Manual da Cochrane para revisões sistemáticas e os itens de relatório preferenciais para revisão sistemática e meta análise (PRISMA). Resultados: Sete ensaios clínicos randomizados foram incluídos, na qual participaram 612 mulheres com idade entre 18 a 44 anos mulheres com diagnóstico da SOP baseado nos critérios de Rotterdam. As intervenções tiveram duração de 10 semanas a 5 meses. A maioria das intervenções foi baseada em ingestão de proteínas, redução de carboidratos e prática de exercícios aeróbicos. As intervenções de exercício físico sozinha ou combinado com a dieta apontaram melhorias na saúde mental da população em foco. Conclusão: Há evidências de que as intervenções de estilo de vida (exercícios físico e dieta) podem melhorar a saúde mental de mulheres com SOP. No entanto, essa informação deve ser interpretada com cautela devido a vários estudos incluídos apresentarem um risco de viés elevado e amostras pequenas. Mais pesquisas com maior rigor metodológico são recomendadas.
Downloads
Referências
Arentz, S., Smith, C. A., Abbott, J., Bensoussan, A. (2021). Perceptions and experiences of lifestyle interventions in women with polycystic ovary syndrome (PCOS), as a management strategy for symptoms of PCOS. BMC Women’s Health, 21(1), 1–8. https://doi.org/10.1186/s12905-021-01272-7 DOI: https://doi.org/10.1186/s12905-021-01252-1
Arentz, S., Smith, C. A., Abbott, J., Fahey, P., Cheema, B. S., & Bensoussan, A. (2017). Combined lifestyle and herbal medicine in overweight women with polycystic ovary syndrome (PCOS): A randomized controlled trial. Phytotherapy Research, 31(9), 1330–1340. https://doi.org/10.1002/ptr.5864 DOI: https://doi.org/10.1002/ptr.5858
Bazarganipour, F., Ziaei, S., Montazeri, A., Foroozanfard, F., & Faghihzadeh, S. (2013). Health-related quality of life and its relationship with clinical symptoms among Iranian patients with polycystic ovarian syndrome. Iranian Journal of Reproductive Medicine, 11(5), 371. DOI: https://doi.org/10.1186/1477-7525-11-141
Bhattacharya, S. M., & Jha, A. (2010). Prevalence and risk of depressive disorders in women with polycystic ovary syndrome (PCOS). Fertility and Sterility, 94(1), 357–359. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2009.03.033 DOI: https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2009.09.025
Colwell, H. H., Mathias, S. D., Pasta, D. J., Henning, J. M., & Steege, J. F. (1998). A health-related quality-of-life instrument for symptomatic patients with endometriosis: A validation study. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 179(1), 47–55. https://doi.org/10.1016/S0002-9378(98)70246-2 DOI: https://doi.org/10.1016/S0002-9378(98)70250-9
Dokras, A., Sarwer, D. B., Allison, K. C., Milman, L., Kris-Etherton, P. M., Kunselman, A. R., et al. (2016). Weight loss and lowering androgens predict improvements in health-related quality of life in women with PCOS. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 101(8), 2966–2974. https://doi.org/10.1210/jc.2016-1896 DOI: https://doi.org/10.1210/jc.2016-1896
El Hayek, S., Bitar, L., Hamdar, L. H., Mirza, F. G., & Daoud, G. (2016). Polycystic ovarian syndrome: An updated overview. Frontiers in Physiology, 7, 124. https://doi.org/10.3389/fphys.2016.00124 DOI: https://doi.org/10.3389/fphys.2016.00124
Elmagarmid, A., Fedorowicz, Z., Hammady, H., Ilyas, I., Khabsa, M., & Ouzzani, M. (2014). Rayyan: A systematic reviews web app for exploring and filtering searches for eligible studies for Cochrane Reviews. Evidence-Informed Public Health: Opportunities and Challenges, Abstracts of the 22nd Cochrane Colloquium, 21–26.
Fauser, B. C. J. M., Tarlatzis, B. C., Rebar, R. W., Legro, R. S., Balen, A. H., Lobo, R., … & ESHRE/ASRM-Sponsored 3rd PCOS Consensus Workshop Group. (2012). Consensus on women’s health aspects of polycystic ovary syndrome (PCOS): The Amsterdam ESHRE/ASRM-Sponsored 3rd PCOS Consensus Workshop Group. Fertility and Sterility, 97(1), 28–38. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2011.09.024 DOI: https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2011.09.024
Franks, S. (2006). Diagnosis of polycystic ovarian syndrome: In defense of the Rotterdam criteria. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 91(3), 786–789. https://doi.org/10.1210/jc.2005-2357 DOI: https://doi.org/10.1210/jc.2005-2501
Higgins, J. P. T., Altman, D. G., Gøtzsche, P. C., Jüni, P., Moher, D., & Oxman, A. D., et al. (2011). The Cochrane Collaboration’s tool for assessing risk of bias in randomised trials. BMJ, 343, d5928. https://doi.org/10.1136/bmj.d5928 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.d5928
Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, 159–174. https://doi.org/10.2307/2529310 DOI: https://doi.org/10.2307/2529310
Milman, L., Dokras, A., Allison, K. C., Sarwer, D. B., Coutifaris, C., & Kris-Etherton, P. M. (2014). Improvement in health related quality of life (HRQOL) following weight loss and/or normalization of hyperandrogenism with continuous oral contraceptives (OC) in women with PCOS. Fertility and Sterility, 102(3), e247. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2014.07.1059 DOI: https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2014.07.841
Moeller, L. V., Lindhardt, C. L., Andersen, M. S., Glintborg, D., & Ravn, P. (2019). Motivational interviewing in obese women with polycystic ovary syndrome–a pilot study. Gynecological Endocrinology, 35(1), 76–80. https://doi.org/10.1080/09513590.2018.1516202 DOI: https://doi.org/10.1080/09513590.2018.1498832
Moran, L. J., Pasquali, R., Teede, H. J., Hoeger, K. M., & Norman, R. J. (2009). Treatment of obesity in polycystic ovary syndrome: A position statement of the Androgen Excess and Polycystic Ovary Syndrome Society. Fertility and Sterility, 92(6), 1966–1982. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2008.09.018 DOI: https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2008.09.018
Page, M. J., McKenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., & Mulrow, C. D. (2021). Updating guidance for reporting systematic reviews: Development of the PRISMA 2020 statement. Journal of Clinical Epidemiology, 134, 103–112. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2021.02.003 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2021.02.003
Thomson, R. L., Buckley, J. D., Lim, S. S., Noakes, M., Clifton, P. M., Norman, R. J., et al. (2010). Lifestyle management improves quality of life and depression in overweight and obese women with polycystic ovary syndrome. Fertility and Sterility, 94(5), 1812–1816. https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2009.12.073 DOI: https://doi.org/10.1016/j.fertnstert.2009.11.001
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).